Engenheiros civis portugueses pelo mundo - Chile
Do desafio que coloquei a semana passada apareceu o primeiro contacto vindo do Chile. O Mário Ferreira, mesmo não sendo engenheiro de formação, tem tanta experiência na área da Engenharia, que internacionalmente o não título não influencia a sua contratação para obras de grande dimensão. Assim o Mário é oriundo da zona do Porto tendo uma formação técnica na área da Orçamentação, Controlo e Gestão de Obra. Apresenta mais de 30 anos na Industria da Engenharia e Construção, dos quais já lá vão 12 anos internacionalmente.
Enquanto esteve por Portugal colaborou com diversas empresas de grande dimensão, tendo sido a sua “grande” escola de Engenharia a empresa Motaengil. Quando começou o seu percurso internacional foi desde logo para empresas que se encontram no ranking mundial das 100 maiores. Assim passou já por 4 continentes, num total de 7 países, Portugal, Angola, Argélia, Gabão, Qatar, Kuwait, Chile.
Atualmente encontra-se a colaborar num mega projeto na área mineira, localizado no norte do Chile, Mina de Chuquicamata, onde é responsável pelo controle do projeto, estando ao serviço de uma empresa europeia que se encontra implantada há muitos anos no Chile.
Para enquadrar o projeto em que o Mário se encontra, a mina de Chuiquicamata, (a mina maior do mundo de cobre, a céu aberto, tem forma elíptica 4,5km x 2km), está situada no norte do Chile , no deserto de Atacama ( considerado o deserto mais árido do mundo). Começou a ser explorada no ano 1915 pelos Espanhóis, então colonos do Chile. Devido aos altos custos de transporte da matéria, a exploração da mina deixou de ser rentável nos próximos anos. Mais de 160 mil metros de sondagens e 15 mil metros de tuneis foram realizados, os quais revelaram existir 4200 milhões de toneladas de mineral, com elevado potencial de ser explorado através de mina subterrânea, nos próximos 40 anos.
O desafio que atualmente está a construir (mina subterrânea) é constituído por unidades independentes, denominadas “Macrobloques”, em quatro níveis, a 800 metros abaixo do nível atual do rasgo da mina. Atualmente, este é considerado o projeto mineiro mais arrojado e de complexidade a nível de execução e de segurança no Chile.
Por fim o Mário fez uma sistematização em relação à Internacionalização. Como principais obstáculos considera:
• Concorrer a nível mundial a uma oferta de emprego;
• Empresas grandes em Portugal aos “olhos” internacionais, são consideradas pequenas empresas, igualmente se aplica as Obras e Projetos;
• Pensar em desistir, desmotivação devida a insucesso nos resultados da procura.
Contudo o Mário deixa igualmente as seguintes dicas para quem pensa na internacionalização:
• Internacionalize-se se tiver mesmo a certeza que o quer fazer;
• Internacionalizar não é igual a imigrar, é partilhar conhecimento e experiencia que já obteve no seu país de origem;
• Seja persistente e tenha uma atitude internacional;
• Crie, altere, e melhore o seu CV sempre que o achar necessário;
• Crie uma rede de contactos online, por exemplo em Linkedin (eles vão lhe ligar sem que se espere);
• Deposite o seu CV nas melhores empresas de recrutamento internacional, tudo acontece em UK, especialmente em Londres;
• Igualmente deposite e contacte diretamente as empresas que lhe interessam trabalhar;
• Tenha canais diretos disponíveis para entrevistas internacionais (Skype, Telemóvel, etc.);
• Nem tudo é um “mar de rosas” prepare-se para dificuldades físicas e emocionais;
• Não desista, pode ter que enviar mil ou dois mil Currículos até conseguir o que deseja.
Por fim gostaria de deixar aqui o desafio do Mário, para outros colegas que tenham estado com ele em obra e que a vida os levou para outra parte que comuniquem, apresentem os projetos em que estão para todos podermos ficar orgulhosos.
Obrigada Mário pelo contacto, partilha e desafio, espero continuar a ter notícia do fantástico pais do Chile, que só lá tive uma vez e adorei! Estes contactos torna todos mais próximos e orgulhosos do que a Engenharia Portuguesa anda a fazer pelo mundo.
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Artigo escrito por Susana Lucas do SEIbySusana.
Enquanto esteve por Portugal colaborou com diversas empresas de grande dimensão, tendo sido a sua “grande” escola de Engenharia a empresa Motaengil. Quando começou o seu percurso internacional foi desde logo para empresas que se encontram no ranking mundial das 100 maiores. Assim passou já por 4 continentes, num total de 7 países, Portugal, Angola, Argélia, Gabão, Qatar, Kuwait, Chile.
Atualmente encontra-se a colaborar num mega projeto na área mineira, localizado no norte do Chile, Mina de Chuquicamata, onde é responsável pelo controle do projeto, estando ao serviço de uma empresa europeia que se encontra implantada há muitos anos no Chile.
Para enquadrar o projeto em que o Mário se encontra, a mina de Chuiquicamata, (a mina maior do mundo de cobre, a céu aberto, tem forma elíptica 4,5km x 2km), está situada no norte do Chile , no deserto de Atacama ( considerado o deserto mais árido do mundo). Começou a ser explorada no ano 1915 pelos Espanhóis, então colonos do Chile. Devido aos altos custos de transporte da matéria, a exploração da mina deixou de ser rentável nos próximos anos. Mais de 160 mil metros de sondagens e 15 mil metros de tuneis foram realizados, os quais revelaram existir 4200 milhões de toneladas de mineral, com elevado potencial de ser explorado através de mina subterrânea, nos próximos 40 anos.
O desafio que atualmente está a construir (mina subterrânea) é constituído por unidades independentes, denominadas “Macrobloques”, em quatro níveis, a 800 metros abaixo do nível atual do rasgo da mina. Atualmente, este é considerado o projeto mineiro mais arrojado e de complexidade a nível de execução e de segurança no Chile.
Por fim o Mário fez uma sistematização em relação à Internacionalização. Como principais obstáculos considera:
• Concorrer a nível mundial a uma oferta de emprego;
• Empresas grandes em Portugal aos “olhos” internacionais, são consideradas pequenas empresas, igualmente se aplica as Obras e Projetos;
• Pensar em desistir, desmotivação devida a insucesso nos resultados da procura.
Contudo o Mário deixa igualmente as seguintes dicas para quem pensa na internacionalização:
• Internacionalize-se se tiver mesmo a certeza que o quer fazer;
• Internacionalizar não é igual a imigrar, é partilhar conhecimento e experiencia que já obteve no seu país de origem;
• Seja persistente e tenha uma atitude internacional;
• Crie, altere, e melhore o seu CV sempre que o achar necessário;
• Crie uma rede de contactos online, por exemplo em Linkedin (eles vão lhe ligar sem que se espere);
• Deposite o seu CV nas melhores empresas de recrutamento internacional, tudo acontece em UK, especialmente em Londres;
• Igualmente deposite e contacte diretamente as empresas que lhe interessam trabalhar;
• Tenha canais diretos disponíveis para entrevistas internacionais (Skype, Telemóvel, etc.);
• Nem tudo é um “mar de rosas” prepare-se para dificuldades físicas e emocionais;
• Não desista, pode ter que enviar mil ou dois mil Currículos até conseguir o que deseja.
Por fim gostaria de deixar aqui o desafio do Mário, para outros colegas que tenham estado com ele em obra e que a vida os levou para outra parte que comuniquem, apresentem os projetos em que estão para todos podermos ficar orgulhosos.
Obrigada Mário pelo contacto, partilha e desafio, espero continuar a ter notícia do fantástico pais do Chile, que só lá tive uma vez e adorei! Estes contactos torna todos mais próximos e orgulhosos do que a Engenharia Portuguesa anda a fazer pelo mundo.
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Artigo escrito por Susana Lucas do SEIbySusana.
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