A distinção entre as licenciaturas pré e pós-Bolonha
O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Matias Ramos, defendeu hoje a alteração do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ) para que fique claro quem é licenciado pré-Bolonha e pós-Bolonha, de modo a fazer-se “justiça”.
O QNQ “não distingue quem é quem, é homogéneo”, disse o bastonário, que considera que “o Governo deve fazer uma reflexão” para que seja feita uma diferenciação. “O Governo deve ser justo e correcto na inserção dos diferentes graus académicos”, sublinhou.
A Ordem dos Engenheiros começa hoje, em Bragança, a promover um ciclo de debates subordinados ao tema “Estratégia para o Enquadramento Profissional”, por considerar que o Processo de Bolonha e a fundação, em 2007, da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior vieram colocar novos desafios e problemas.
Afirmando que, até ao momento, ainda nenhum engenheiro licenciado pelo Processo de Bolonha pediu o ingresso na Ordem, Carlos Matias Ramos disse que a Ordem pretende “antever esse problema”. O QNQ, disse, “estabelece uma confusão, porque diz que o nível 7 é para mestres e o 6 para licenciados e bacharéis”, não valorizando, assim, os licenciados com cinco ou três anos de ensino de Engenharia.
No seu entender, este instrumento deveria atribuir o nível sete aos mestres e licenciados pré-Bolonha, enquanto o nível seis deveria destinar-se a licenciados pelo Processo de Bolonha e bacharéis. “Esta ambiguidade trouxe perturbação no meio, com consequências mais graves nas admissões para administrações central e locais”, frisou o responsável.
O bastonário salientou ainda que a Ordem já recebeu pareceres de juristas que “dizem que os licenciados pré-Bolonha têm um valor intrínseco”. Com estes debates, a Ordem dos Engenheiros pretende debater com os profissionais o assunto para que “fundamentem e sustentem decisões a tomar no domínio da admissão de membros à Ordem dos Engenheiros”.
O Processo de Bolonha visa harmonizar os graus académicos em toda a Europa, com o objectivo de facilitar a mobilidade de estudantes e professores entre as várias instituições de ensino superior.
Fonte: Público
O QNQ “não distingue quem é quem, é homogéneo”, disse o bastonário, que considera que “o Governo deve fazer uma reflexão” para que seja feita uma diferenciação. “O Governo deve ser justo e correcto na inserção dos diferentes graus académicos”, sublinhou.
A Ordem dos Engenheiros começa hoje, em Bragança, a promover um ciclo de debates subordinados ao tema “Estratégia para o Enquadramento Profissional”, por considerar que o Processo de Bolonha e a fundação, em 2007, da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior vieram colocar novos desafios e problemas.
Afirmando que, até ao momento, ainda nenhum engenheiro licenciado pelo Processo de Bolonha pediu o ingresso na Ordem, Carlos Matias Ramos disse que a Ordem pretende “antever esse problema”. O QNQ, disse, “estabelece uma confusão, porque diz que o nível 7 é para mestres e o 6 para licenciados e bacharéis”, não valorizando, assim, os licenciados com cinco ou três anos de ensino de Engenharia.
No seu entender, este instrumento deveria atribuir o nível sete aos mestres e licenciados pré-Bolonha, enquanto o nível seis deveria destinar-se a licenciados pelo Processo de Bolonha e bacharéis. “Esta ambiguidade trouxe perturbação no meio, com consequências mais graves nas admissões para administrações central e locais”, frisou o responsável.
O bastonário salientou ainda que a Ordem já recebeu pareceres de juristas que “dizem que os licenciados pré-Bolonha têm um valor intrínseco”. Com estes debates, a Ordem dos Engenheiros pretende debater com os profissionais o assunto para que “fundamentem e sustentem decisões a tomar no domínio da admissão de membros à Ordem dos Engenheiros”.
O Processo de Bolonha visa harmonizar os graus académicos em toda a Europa, com o objectivo de facilitar a mobilidade de estudantes e professores entre as várias instituições de ensino superior.
Fonte: Público
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1 Comentário:
Não entendo a posição do Bastonário, pois, se bem entendo, o ISCED distingue entre cursos superiores de 3 anos (nível 5B) e os de 4 ou 5 anos de duração (nível 5A).
Não deveria o QNQ (Quadro Nacional de Qualificações) seguir a mesma metodologia da UNESCO e adoptar um quadro semelhante ao ISCED?
http://www.uis.unesco.org/Library/Documents/isced97-en.pdf
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