CIJE'12 debate empregabilidade dos engenheiros
O 1º Congresso Ibérico de Jovens Engenheiros (CIJE), que se realiza no Theatro Circo, em Braga, entre 18 e 20 de Maio, tem como objectivos promover a participação dos jovens em todos os domínios da vida profissional e reforçar o estreitamento de relações entre os jovens engenheiros e a sociedade. Para isso, conta com um painel de oradores de créditos firmados, que possibilitarão uma reflexão profunda sobre os desafios que, numa conjuntura económica difícil, urge enfrentar e ultrapassar.
Um dos convidados é Rui Paiva, da WE DO, para quem a questão da formação é central. “O desafio é conseguirmos formar mais pessoas na área e manter a qualidade, que é reconhecida”, sustenta, salientando que “Portugal e muitos países do mundo necessitam de mais engenheiros, mesmo tendo em conta o contexto específico e difícil da Engenharia Civil”. No entender do responsável da WE DO, “quem é formado em engenharia depende apenas da sua ambição, da sua disponibilidade para viajar e da sua auto-exigência”.
António Murta, managing director e co-fundador da Pathena, é outro dos oradores convidados do CIJE’12, manifestando uma opinião muito particular no que diz respeito ao aproveitamento da mão-de-obra qualificada na área. “ O caminho faz-se criando empresas mais centradas no conhecimento e adicionando-o às empresas tradicionais existentes ou investindo mais em R&D nas empresas, seja transferindo ideias inovadoras das universidades, seja produzindo novas ideias”, frisa.
Esta questão da formação desemboca, obrigatoriamente, na empregabilidade dos jovens engenheiros, e quer Rui Paiva, quer António Murta, apontam caminhos claros. “Com muito poucas excepções, confesso que não vejo onde haja problemas de empregabilidade dos jovens engenheiros”, afirma Rui Paiva, que aponta a internacionalização profissional como saída de futuro. “O que acabou foi a vida fácil ou garantida à saída das universidades”, remata. Para António Murta, é o empreendedorismo que pode ajudar de forma definitiva a contornar a situação. “Criando empresas inovadoras e focadas de raiz na exportação ou a atracção de trabalho qualificado para Portugal, nem que seja como centro de produção para grandes multinacionais do sector, parecem ser soluções lógicas”, diz o responsável da Pathena.
Mas o momento é de crise e exige-se um esforço conjunto por toda a sociedade para ultrapassar esta com conjuntura. De que forma pode a engenharia contribuir? António Murta acredita que uma das chaves para Portugal sair de onde está “é utilizar as indústrias de conhecimento para produzir e vender capital intelectual”, frisando que “temos a geração mais bem-educada do ponto de vista técnico e científico de que há memória em Portugal”. A inovação é também a receita prescrita por Rui Paiva. “Temos que inovar, diferenciar, criar, correr riscos. Precisamos de engenheiros que gostem mesmo de desenhar, criar e desenvolver máquinas, estruturas ou sistemas. Precisamos de engenheiros que gostem mesmo de sujar as mãos, nos sectores primário e secundário”, afirma.
Daí que o CIJE’12 surja como uma excelente oportunidade para uma discussão aberta sobre todas estas temáticas. Segundo António Murta, a realização deste congresso “é muito importante, até porque já não estamos num mundo em que os engenheiros se empregam e trabalham localmente”. Já para Rui Paiva, o CIJE’12 trará muitos benefícios “se a tónica for colocada na responsabilidade individual, no empreendedorismo e numa visão global do mundo”.
Nova era na engenharia
Para Fernando de Almeida Santos, presidente do Conselho Directivo da Região Norte da Ordem dos Engenheiros, entidade que organiza o CIJE’12 em conjunto com o espanhol Colegio de Caminos Canales y Puertos (CICCP), este congresso é uma oportunidade “para marcar uma nova era da engenharia e uma nova forma de pensar da sociedade sobre a importância dos engenheiros no seu dia-a-dia”, lembrando que a iniciativa representa a preocupação da Ordem em exteriorizar aquilo que tem sido desenvolvido pelos jovens engenheiros, promovendo, ao mesmo tempo, a elevada qualidade da Engenharia Portuguesa.
Durante três dias, o Theatro Circo, em Braga, recebe a apresentação de projectos de sucesso de jovens engenheiros, centrando-se em áreas como o empreendedorismo, a internacionalização e as relações transfronteiriças, a empregabilidade, a inovação e a sustentabilidade. O CIJE contará com a presença de profissionais consagrados, tais como António Saraiva, presidente da CIP, Daniel Bessa, presidente da COTEC, Miguel Gonçalves, responsável pela SparkAgency, António Murta, co-fundador da Pathena e Rui Paiva, da WE DO. O programa o CIJE integrará ainda actividades de vertente lúdica, como visitas turísticas à cidade de Braga e animação nocturna.
Um dos convidados é Rui Paiva, da WE DO, para quem a questão da formação é central. “O desafio é conseguirmos formar mais pessoas na área e manter a qualidade, que é reconhecida”, sustenta, salientando que “Portugal e muitos países do mundo necessitam de mais engenheiros, mesmo tendo em conta o contexto específico e difícil da Engenharia Civil”. No entender do responsável da WE DO, “quem é formado em engenharia depende apenas da sua ambição, da sua disponibilidade para viajar e da sua auto-exigência”.
António Murta, managing director e co-fundador da Pathena, é outro dos oradores convidados do CIJE’12, manifestando uma opinião muito particular no que diz respeito ao aproveitamento da mão-de-obra qualificada na área. “ O caminho faz-se criando empresas mais centradas no conhecimento e adicionando-o às empresas tradicionais existentes ou investindo mais em R&D nas empresas, seja transferindo ideias inovadoras das universidades, seja produzindo novas ideias”, frisa.
Esta questão da formação desemboca, obrigatoriamente, na empregabilidade dos jovens engenheiros, e quer Rui Paiva, quer António Murta, apontam caminhos claros. “Com muito poucas excepções, confesso que não vejo onde haja problemas de empregabilidade dos jovens engenheiros”, afirma Rui Paiva, que aponta a internacionalização profissional como saída de futuro. “O que acabou foi a vida fácil ou garantida à saída das universidades”, remata. Para António Murta, é o empreendedorismo que pode ajudar de forma definitiva a contornar a situação. “Criando empresas inovadoras e focadas de raiz na exportação ou a atracção de trabalho qualificado para Portugal, nem que seja como centro de produção para grandes multinacionais do sector, parecem ser soluções lógicas”, diz o responsável da Pathena.
Mas o momento é de crise e exige-se um esforço conjunto por toda a sociedade para ultrapassar esta com conjuntura. De que forma pode a engenharia contribuir? António Murta acredita que uma das chaves para Portugal sair de onde está “é utilizar as indústrias de conhecimento para produzir e vender capital intelectual”, frisando que “temos a geração mais bem-educada do ponto de vista técnico e científico de que há memória em Portugal”. A inovação é também a receita prescrita por Rui Paiva. “Temos que inovar, diferenciar, criar, correr riscos. Precisamos de engenheiros que gostem mesmo de desenhar, criar e desenvolver máquinas, estruturas ou sistemas. Precisamos de engenheiros que gostem mesmo de sujar as mãos, nos sectores primário e secundário”, afirma.
Daí que o CIJE’12 surja como uma excelente oportunidade para uma discussão aberta sobre todas estas temáticas. Segundo António Murta, a realização deste congresso “é muito importante, até porque já não estamos num mundo em que os engenheiros se empregam e trabalham localmente”. Já para Rui Paiva, o CIJE’12 trará muitos benefícios “se a tónica for colocada na responsabilidade individual, no empreendedorismo e numa visão global do mundo”.
Nova era na engenharia
Para Fernando de Almeida Santos, presidente do Conselho Directivo da Região Norte da Ordem dos Engenheiros, entidade que organiza o CIJE’12 em conjunto com o espanhol Colegio de Caminos Canales y Puertos (CICCP), este congresso é uma oportunidade “para marcar uma nova era da engenharia e uma nova forma de pensar da sociedade sobre a importância dos engenheiros no seu dia-a-dia”, lembrando que a iniciativa representa a preocupação da Ordem em exteriorizar aquilo que tem sido desenvolvido pelos jovens engenheiros, promovendo, ao mesmo tempo, a elevada qualidade da Engenharia Portuguesa.
Durante três dias, o Theatro Circo, em Braga, recebe a apresentação de projectos de sucesso de jovens engenheiros, centrando-se em áreas como o empreendedorismo, a internacionalização e as relações transfronteiriças, a empregabilidade, a inovação e a sustentabilidade. O CIJE contará com a presença de profissionais consagrados, tais como António Saraiva, presidente da CIP, Daniel Bessa, presidente da COTEC, Miguel Gonçalves, responsável pela SparkAgency, António Murta, co-fundador da Pathena e Rui Paiva, da WE DO. O programa o CIJE integrará ainda actividades de vertente lúdica, como visitas turísticas à cidade de Braga e animação nocturna.
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