segunda-feira, 28 de maio de 2012

Londres 2012 - Resíduos e Jogos Olímpicos (III)

Vamos ver um pouco mais este assunto sério dos resíduos, o qual a maioria das vezes não é tido em conta pelos arquitetos e engenheiros no canteiro de obra, um puxão de orelha para eles. Tão importante é, que existem diversos cursos pós-graduação nas faculdades de engenharia sobre o particular. Mas este sério assunto deve ser focado com criatividade, como neste anúncio de uma empresa fabricante de diversos tipos de recipiente, para coleta seletiva de resíduos. Ou ainda pode ser focado com humor para educar ao público, como vemos nesta imagem de uma campanha, para as pessoas jogar a pastilha elástica nos recipientes para resíduos na rua.

É muito encorajador, o fato de que o pessoal do Comité Organizador leva a sério as práticas de gestão dos resíduos. Há estudos sobre tipos e volumes destes nos Jogos. Sendo atingidas metas como o 98% do material de demolição foi reciclado ou reusado. Como já vimos o 80% do solo do Olympic Park foi limpo e reusado. Foi escolhida uma empresa, para fazer possível que o 90% dos resíduos da construção não foram para o aterro sanitário e sim pelo contrário, foram para o reuso ou para a recuperação. Esta meta está sendo atingida, e obviamente significa melhores práticas industriais num Mega-evento como este. Temos o Waste Consolidation Centre WCC, que faz a seleção dos resíduos vindos de 17 empreiteiros no parque tudo. Estes materiais incluem madeira, tijolos, concreto, plástico, metais, resíduos de escritórios. Importante é o fato de como os empreiteiros participam das auditorias, para mostrar como elas estão minimizando seu lixo.
Adicionalmente os empreiteiros estão trabalhando com os fornecedores, para lhes retornar os pellets e outras embalagens. Para reduzir os deslocamentos dos camiões e as emissões de CO², foi instalada no local uma máquina de produção de aparas (chips)de madeira para ser usado como combustível. Também há outra para moer e compactar betão e tijolos de demolição. Na imagem abaixo vemos as diversas etapas de construção do Olympic Stadium.

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Artigo escrito por Roberto Steneri, Arquitecto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil. Por convite escreveu um book review para o Journal of Latin American Geography da Universidade do Texas.










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