Centro de Estudos Camilianos, Álvaro Siza
Fez no Sábado passado, dia 16 de Março, 188 anos que nasceu Camilo Castelo Branco e eu lembrei-me da visita que fizemos, já em Setembro de 2011 à Casa de Camilo e ao Centro de Estudos Camilianos.
Embora o pretexto da ida a Famalicão tenha sido a obra do Siza, a visita a mais um exemplar arquitectónico do mestre não teria ficado completa sem a visita à Casa que terá estado na origem da sua construção neste local.
Camilo Castelo Branco nasceu em Lisboa em 1825 e depois de uma vida conturbada e de prolífica produção literária, acabou por suicidar-se 65 anos depois em S. Miguel de Seide, após confirmado o estado de cegueira irreversível causado pela sífilis, na Casa construída pelo primeiro marido de Ana Plácido - a mais polémica e duradoura paixão de Camilo, pela qual enfrentou cadeia por crime de adultério.
O carácter irreverente e apaixonado de Camilo é transposto para a sua obra e reflecte-se no discurso emotivo da guia que nos acompanhou durante a visita, preenchido por curiosidades e histórias espontâneas. A Casa, embora tendo entretanto sofrido um grave incêndio e outras transformações, foi inaugurada como museu em 1958, após obras de requalificação que procuraram recriar uma versão próxima da do tempo de Camilo.
Em 2005 é inaugurado do outro lado da rua, o Centro de Estudos Camilianos, assinado por Álvaro Siza, que vem integrar a Casa num complexo maior, não só do ponto de vista geográfico e urbanístico como cultural, com vista à requalificação de todo o espaço envolvente e à promoção da obra de Camilo Castelo Branco no contexto da Língua e Literatura Portuguesas.
Vale a pena a visita – e se forem, não se esqueçam que algures sob as linhas brancas da arquitectura de Siza, vivem as palavras apaixonadas de Camilo Castelo Branco.
[crédito das imagens: Ana Pina]
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Artigo escrito por Ana Pina, nascida no Porto em 1980. Formada em arquitectura pela FAUP desde 2004, divide agora as suas paixões entre a ilustração e a joalharia contemporânea. Colabora com o Engenharia e Construção desde Setembro de 2011.
Embora o pretexto da ida a Famalicão tenha sido a obra do Siza, a visita a mais um exemplar arquitectónico do mestre não teria ficado completa sem a visita à Casa que terá estado na origem da sua construção neste local.
Camilo Castelo Branco nasceu em Lisboa em 1825 e depois de uma vida conturbada e de prolífica produção literária, acabou por suicidar-se 65 anos depois em S. Miguel de Seide, após confirmado o estado de cegueira irreversível causado pela sífilis, na Casa construída pelo primeiro marido de Ana Plácido - a mais polémica e duradoura paixão de Camilo, pela qual enfrentou cadeia por crime de adultério.
O carácter irreverente e apaixonado de Camilo é transposto para a sua obra e reflecte-se no discurso emotivo da guia que nos acompanhou durante a visita, preenchido por curiosidades e histórias espontâneas. A Casa, embora tendo entretanto sofrido um grave incêndio e outras transformações, foi inaugurada como museu em 1958, após obras de requalificação que procuraram recriar uma versão próxima da do tempo de Camilo.
Em 2005 é inaugurado do outro lado da rua, o Centro de Estudos Camilianos, assinado por Álvaro Siza, que vem integrar a Casa num complexo maior, não só do ponto de vista geográfico e urbanístico como cultural, com vista à requalificação de todo o espaço envolvente e à promoção da obra de Camilo Castelo Branco no contexto da Língua e Literatura Portuguesas.
Vale a pena a visita – e se forem, não se esqueçam que algures sob as linhas brancas da arquitectura de Siza, vivem as palavras apaixonadas de Camilo Castelo Branco.
[crédito das imagens: Ana Pina]
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Artigo escrito por Ana Pina, nascida no Porto em 1980. Formada em arquitectura pela FAUP desde 2004, divide agora as suas paixões entre a ilustração e a joalharia contemporânea. Colabora com o Engenharia e Construção desde Setembro de 2011.
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