quarta-feira, 27 de março de 2013

Cobertura do Estádio João Havelange em risco de queda

O Estádio Olímpico João Havelange, também conhecido por Engenhão, foi hoje interditado por risco de queda da sua cobertura. Segundo um engenheiro do consórcio responsável (Odebrecht e OAS) pela construção do estádio, dois dos quatro arcos metálicos deslocaram-se mais 50% do que o que estava previsto. Assim, o risco de queda é real, principalmente em caso de vento com velocidades superiores a 63 km/h, segundo consta no relatório da última vistoria.

Quando se retiraram as escoras, em 2007, o deslocamento da estrutura foi superior ao esperado, apesar de ter sido afastado o risco de queda, sendo então definido que teriam que ser realizadas vistorias periódicas para monitorizar a situação. Em 2009 o relatório de uma vistoria aconselhava a restrição do uso do estádio no caso de ventos superiores a 115 km/h.
Armando Queiroga, presidente da RioUrbe, afirmou que não pode "dizer se houve problemas de projecto ou de execução. Também não sabemos ainda o que será preciso fazer com a estrutura e nem quanto tempo a obra vai levar. Queremos identificar o problema, descobrir as responsabilidades e depois quem vai pagar a conta".
A execução da cobertura do Engenhão teve um elevado grau de complexidade. A provar isso está o facto de ser neste estádio que está o maior arco do mundo sobre uma estrutura de betão. Os cálculos da cobertura foram efectuados pelo engenheiro argentino Flávio D' Alambert, que também é o responsável pelo projecto do Estádio do Castelão no Ceará, um dos estádios do Mundial 2014.










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