Causeway Bay em Hong Kong é a localização de retalho mais cara do mundo
A Causeway Bay em Hong Kong é, pelo segundo ano consecutivo, a localização de retalho mais cara do mundo, de acordo com o estudo Main Streets Across the World (MSATW) publicado pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W).
O MSATW, que celebra este ano a sua 25ª edição, fornece uma análise do mercado de retalho a nível global, monitorizando e ordenando as 333 localizações de comércio mais importantes, em 64 países. O ranking apresentado é baseado no valor de renda anual mais elevado em cada país analisado, não incluindo custos de condomínio, impostos locais e outras despesas de ocupação.
Embora se tenha registado uma subida das rendas na ordem dos 3,2% a nível global, esta foi ligeiramente inferior se comparada com os 12 meses anteriores em que se registou uma subida de 4,5%. Os valores das rendas em 284 localizações (85%) das 333 monitorizadas no estudo deste ano aumentaram ou mantiveram-se estáveis.
A limitada oferta de lojas na Causeway Bay em Hong Kong, em conjunto com uma elevada concorrência pela procura de espaços entre as marcas de topo e as de gama média convencionais, provocaram um aumento das rendas na ordem dos 14,7% alcançando os 24.983€/m²/ano, um valor nunca antes registado desde o início da publicação deste estudo.
As rendas na 5ª Avenida em Nova Iorque mantiveram-se, continuando desta forma a garantir a segunda posição no ranking, com um valor anual a rondar os 20.702€/m². Com uma distância muito significativa face à 5º Avenida, os Champs Elysées em Paris ocupam a terceira posição com um valor de rendas anuais de 13.255€/m². A localização francesa aumentou a sua diferença para as restantes localizações, registando um aumento de 38,5%, o que representa a terceira maior subida a nível global.
Com a procura contínua e crescente por marcas de luxo internacionais, as rendas na New Bond Street em Londres aumentaram 15,6% para os 8.666€/m²/ano. Assim, esta localização subiu da sexta para a quarta posição, substituindo assim Ginza (8.152€/m²/ano) em Tóquio que caiu para a quinta posição. Outra grande subida a destacar é a Via Montenapoleone em Milão (7.500€/m²/ano) que registou um aumento de 7,4% nas rendas, o que representou uma subida no ranking da oitava para a sexta posição.
Segundo Marta Esteves Costa, associate e diretora de research & consultoria da Cushman & Wakefield em Portugal: “Mais uma vez vimos a 5ª Avenida e a Causeway Bay consolidarem a sua posição como os locais de retalho mais caros do mundo. Assistimos igualmente a um crescimento positivo em praticamente todas as cidades estudadas”.
”A procura pelas melhores e mais desejadas localizações vai continuar embora a limitação a nível de espaço disponível, e o preço elevado das rendas, possam criar obstáculos para algumas marcas. Este facto pode levar a que algumas dessas marcas passem a apostar em localizações alternativas que sejam próximas das ruas principais e que se foquem noutros tipos de canais, como o online que pode ser visto como uma alavanca para estimular e suportar a expansão das mesmas”.
Quando o estudo Main Streets Across the World foi publicado pela primeira vez em 1988, a cidade mais cara a nível de retalho era Nova Iorque, seguida de Munique, Tóquio, Paris e Londres respetivamente.
Portugal
Lisboa subiu dois lugares no ranking face a 2012, situando-se este ano na 43ª posição, As cidades de Budapeste, na Hungria, e Joanesburgo, na África do Sul, precedem Lisboa no ranking; Buenos Aires, na Argentina, e Varsóvia, na Polonia, seguem-se na 44ª e 45ª posição.
“Em contra ciclo com os restantes setores do imobiliário, as ruas da capital mantiveram em 2013 a tendência crescente na procura por parte de retalhistas, na sua maioria internacionais nos setores de luxo ou gama alta. Esta tendência impulsionou uma subida de 7,5€/mês nas rendas prime do Chiado, que se situam hoje nos €87,5/m2/mês. As restantes cidades do país não acompanham ainda esta tendência de subida nas rendas, mas no Porto, nomeadamente na zona dos Clérigos, é já visível um aumento na procura. À semelhança do que temos vindo a afirmar nos últimos anos, acreditamos que a médio prazo se assista a uma revitalização do comércio de rua um pouco por todo o país”, afirma Marta Esteves Costa.
O cada vez maior fluxo de consumidores nos centros das cidades de Lisboa, na Avenida da Liberdade e Chiado, e do Porto, essencialmente na zona dos Clérigos, tem sido em grande parte impulsionado pelo aumento do número de turistas nestas zonas, reflexo da excelente performance do setor turístico em Portugal em 2013. O aumento da procura de espaços é também um resultado deste maior fluxo de turistas.
Em 2013 assistiu-se mais uma vez à abertura de grandes nomes do retalho internacional nas ruas portuguesas, como foi o caso da Cartier, Max Mara, Michael Kors ou Penhalta na Avenida da Liberdade em Lisboa; ou da Hugo by Hugo Boss, Max&Co ou Diesel no Passeio dos Clérigos, no Porto.
Continente Americano
Embora esteja a ser parcialmente afetado por uma diminuição da atividade económica e, em alguns casos, um aumento da oferta de espaços de retalho, o continente americano foi o que mais cresceu em termos de rendas prime, registando um aumento de 5,8%. Mesmo assim, este valor ficou aquém do registado em 2011/2012, em que as rendas cresceram 10,9%.
A Colômbia registou o maior crescimento de todo o continente Americano com uma subida de 14,6%, enquanto a Argentina assistiu a um aumento de 11,5% ao longo do ano.
Como era expectável, o top 10 das localizações mais caras do continente Americano continuaram a ser dominadas pelos Estados Unidos, sendo a 5ª Avenida em Nova Iorque a mais cara. O mercado de luxo nos Estados Unidos tem estado muito dinâmico, com negócios notáveis no setor a ocorrerem essencialmente na 5ª Avenida como foi o caso das colocações recentes da Ralph Lauren, Valentino e Cartier.
Ásia
A Ásia continua a ser uma região que merece especial atenção por parte dos grandes retalhistas internacionais, e este interesse traduziu-se num aumento das rendas prime em 4,5% no último ano.
Hong Kong foi mais uma vez o mercado que mais cresceu na região, no que diz respeito ao preço das rendas prime. As rendas aumentaram exponencialmente em três locais de Hong Kong, sendo que estas ocupam a primeira, segunda e terceira posição no que toca aos locais mais caros de todo o continente asiático.
Causeway Bay encabeça a lista das localizações mais caras de retalho na Ásia e em todo o mundo. O seu concorrente mais próximo, a Hong Kong Central, diminuiu um pouco a distância com as suas rendas a dispararem 23,3% no último ano.
EMEA
O crescimento das rendas na Europa aumentou no total 2,1%, impulsionadas por sinais positivos da economia em geral. A maior acessibilidade ao financiamento bem como uma procura muito grande dos retalhistas de luxo aumentaram de uma forma geral a confiança no mercado.
Dos 33 países desta região do globo que fazem parte do estudo, apenas 7 registaram quebras no preço das rendas enquanto os restantes 26 viram as rendas estabilizar ou aumentar.
O país que se destacou claramente dos restantes foi França que registou um crescimento de 16,3% no ano passado. A França é o país de eleição no que toca à procura por marcas de luxo - mais de 100 lojas, entre novas aberturas, expansões e remodelações, abriram no país desde 2011. O aumento do fluxo de turistas bem como a limitação da oferta também contribuíram para a subida dos preços das rendas.
A subida das rendas no Reino Unido (6,0%) continua a restringir-se essencialmente à região de Londres, onde as principais artérias de comércio da cidade se destacaram claramente das restantes no país. Localizações de luxo como a New Bond Street, onde os valores subiram 15,6% ou a Sloane Street continuam a atrair e captar muito interesse por parte dos inquilinos - em média existem 10 marcas internacionais a competir por cada loja disponível
O MSATW também indica que a situação melhorou em mercados com maiores dificuldades. Embora as rendas prime em países como a Grécia e a Irlanda tenham descido 7,3% e 7,8% respetivamente, o declínio foi menor do que no ano anterior. A Avenida dos Champs Elysées em Paris é mais uma vez a localização mais cara da região EMEA, tendo registado um crescimento de quase 40% ao longo do ano.
O MSATW, que celebra este ano a sua 25ª edição, fornece uma análise do mercado de retalho a nível global, monitorizando e ordenando as 333 localizações de comércio mais importantes, em 64 países. O ranking apresentado é baseado no valor de renda anual mais elevado em cada país analisado, não incluindo custos de condomínio, impostos locais e outras despesas de ocupação.
Embora se tenha registado uma subida das rendas na ordem dos 3,2% a nível global, esta foi ligeiramente inferior se comparada com os 12 meses anteriores em que se registou uma subida de 4,5%. Os valores das rendas em 284 localizações (85%) das 333 monitorizadas no estudo deste ano aumentaram ou mantiveram-se estáveis.
A limitada oferta de lojas na Causeway Bay em Hong Kong, em conjunto com uma elevada concorrência pela procura de espaços entre as marcas de topo e as de gama média convencionais, provocaram um aumento das rendas na ordem dos 14,7% alcançando os 24.983€/m²/ano, um valor nunca antes registado desde o início da publicação deste estudo.
As rendas na 5ª Avenida em Nova Iorque mantiveram-se, continuando desta forma a garantir a segunda posição no ranking, com um valor anual a rondar os 20.702€/m². Com uma distância muito significativa face à 5º Avenida, os Champs Elysées em Paris ocupam a terceira posição com um valor de rendas anuais de 13.255€/m². A localização francesa aumentou a sua diferença para as restantes localizações, registando um aumento de 38,5%, o que representa a terceira maior subida a nível global.
Com a procura contínua e crescente por marcas de luxo internacionais, as rendas na New Bond Street em Londres aumentaram 15,6% para os 8.666€/m²/ano. Assim, esta localização subiu da sexta para a quarta posição, substituindo assim Ginza (8.152€/m²/ano) em Tóquio que caiu para a quinta posição. Outra grande subida a destacar é a Via Montenapoleone em Milão (7.500€/m²/ano) que registou um aumento de 7,4% nas rendas, o que representou uma subida no ranking da oitava para a sexta posição.
Segundo Marta Esteves Costa, associate e diretora de research & consultoria da Cushman & Wakefield em Portugal: “Mais uma vez vimos a 5ª Avenida e a Causeway Bay consolidarem a sua posição como os locais de retalho mais caros do mundo. Assistimos igualmente a um crescimento positivo em praticamente todas as cidades estudadas”.
”A procura pelas melhores e mais desejadas localizações vai continuar embora a limitação a nível de espaço disponível, e o preço elevado das rendas, possam criar obstáculos para algumas marcas. Este facto pode levar a que algumas dessas marcas passem a apostar em localizações alternativas que sejam próximas das ruas principais e que se foquem noutros tipos de canais, como o online que pode ser visto como uma alavanca para estimular e suportar a expansão das mesmas”.
Quando o estudo Main Streets Across the World foi publicado pela primeira vez em 1988, a cidade mais cara a nível de retalho era Nova Iorque, seguida de Munique, Tóquio, Paris e Londres respetivamente.
Portugal
Lisboa subiu dois lugares no ranking face a 2012, situando-se este ano na 43ª posição, As cidades de Budapeste, na Hungria, e Joanesburgo, na África do Sul, precedem Lisboa no ranking; Buenos Aires, na Argentina, e Varsóvia, na Polonia, seguem-se na 44ª e 45ª posição.
“Em contra ciclo com os restantes setores do imobiliário, as ruas da capital mantiveram em 2013 a tendência crescente na procura por parte de retalhistas, na sua maioria internacionais nos setores de luxo ou gama alta. Esta tendência impulsionou uma subida de 7,5€/mês nas rendas prime do Chiado, que se situam hoje nos €87,5/m2/mês. As restantes cidades do país não acompanham ainda esta tendência de subida nas rendas, mas no Porto, nomeadamente na zona dos Clérigos, é já visível um aumento na procura. À semelhança do que temos vindo a afirmar nos últimos anos, acreditamos que a médio prazo se assista a uma revitalização do comércio de rua um pouco por todo o país”, afirma Marta Esteves Costa.
O cada vez maior fluxo de consumidores nos centros das cidades de Lisboa, na Avenida da Liberdade e Chiado, e do Porto, essencialmente na zona dos Clérigos, tem sido em grande parte impulsionado pelo aumento do número de turistas nestas zonas, reflexo da excelente performance do setor turístico em Portugal em 2013. O aumento da procura de espaços é também um resultado deste maior fluxo de turistas.
Em 2013 assistiu-se mais uma vez à abertura de grandes nomes do retalho internacional nas ruas portuguesas, como foi o caso da Cartier, Max Mara, Michael Kors ou Penhalta na Avenida da Liberdade em Lisboa; ou da Hugo by Hugo Boss, Max&Co ou Diesel no Passeio dos Clérigos, no Porto.
Continente Americano
Embora esteja a ser parcialmente afetado por uma diminuição da atividade económica e, em alguns casos, um aumento da oferta de espaços de retalho, o continente americano foi o que mais cresceu em termos de rendas prime, registando um aumento de 5,8%. Mesmo assim, este valor ficou aquém do registado em 2011/2012, em que as rendas cresceram 10,9%.
A Colômbia registou o maior crescimento de todo o continente Americano com uma subida de 14,6%, enquanto a Argentina assistiu a um aumento de 11,5% ao longo do ano.
Como era expectável, o top 10 das localizações mais caras do continente Americano continuaram a ser dominadas pelos Estados Unidos, sendo a 5ª Avenida em Nova Iorque a mais cara. O mercado de luxo nos Estados Unidos tem estado muito dinâmico, com negócios notáveis no setor a ocorrerem essencialmente na 5ª Avenida como foi o caso das colocações recentes da Ralph Lauren, Valentino e Cartier.
Ásia
A Ásia continua a ser uma região que merece especial atenção por parte dos grandes retalhistas internacionais, e este interesse traduziu-se num aumento das rendas prime em 4,5% no último ano.
Hong Kong foi mais uma vez o mercado que mais cresceu na região, no que diz respeito ao preço das rendas prime. As rendas aumentaram exponencialmente em três locais de Hong Kong, sendo que estas ocupam a primeira, segunda e terceira posição no que toca aos locais mais caros de todo o continente asiático.
Causeway Bay encabeça a lista das localizações mais caras de retalho na Ásia e em todo o mundo. O seu concorrente mais próximo, a Hong Kong Central, diminuiu um pouco a distância com as suas rendas a dispararem 23,3% no último ano.
EMEA
O crescimento das rendas na Europa aumentou no total 2,1%, impulsionadas por sinais positivos da economia em geral. A maior acessibilidade ao financiamento bem como uma procura muito grande dos retalhistas de luxo aumentaram de uma forma geral a confiança no mercado.
Dos 33 países desta região do globo que fazem parte do estudo, apenas 7 registaram quebras no preço das rendas enquanto os restantes 26 viram as rendas estabilizar ou aumentar.
O país que se destacou claramente dos restantes foi França que registou um crescimento de 16,3% no ano passado. A França é o país de eleição no que toca à procura por marcas de luxo - mais de 100 lojas, entre novas aberturas, expansões e remodelações, abriram no país desde 2011. O aumento do fluxo de turistas bem como a limitação da oferta também contribuíram para a subida dos preços das rendas.
A subida das rendas no Reino Unido (6,0%) continua a restringir-se essencialmente à região de Londres, onde as principais artérias de comércio da cidade se destacaram claramente das restantes no país. Localizações de luxo como a New Bond Street, onde os valores subiram 15,6% ou a Sloane Street continuam a atrair e captar muito interesse por parte dos inquilinos - em média existem 10 marcas internacionais a competir por cada loja disponível
O MSATW também indica que a situação melhorou em mercados com maiores dificuldades. Embora as rendas prime em países como a Grécia e a Irlanda tenham descido 7,3% e 7,8% respetivamente, o declínio foi menor do que no ano anterior. A Avenida dos Champs Elysées em Paris é mais uma vez a localização mais cara da região EMEA, tendo registado um crescimento de quase 40% ao longo do ano.
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