Universidade Politécnica da Flórida
Da autoria do Arquitecto e Engenheiro Santiago Calatrava, o primeiro edifício do novo complexo Universitário da Flórida, será muito mais que um espaço de aulas e laboratórios. Diferente de qualquer outro e ambicioso em todos os níveis, principalmente em engenharia, o edifício contempla uma galeria em forma de arco, uma clarabóia abobadada e grelhas de sombreamento solar que definem a sua forma. O complexo está a ser construído em Lakeland, Florida, a meio do caminho entre Tampa e Orlando.
Com uma área de aproximadamente 18.500m2 distribuídos em dois pisos, o edifício de Inovação, Ciência e Tecnologia da Construção, servirá para suprir as necessidades primárias da Universidade até à criação dos restantes edifícios.
Com vários espaços abertos e de convívio, o edifício alberga salas de aulas, laboratórios, salas de professores, espaços de reuniões e zonas de convívio, incluindo o bar.
O solo do local apresenta reduzidas características de compactação, pelo que as fundações foram realizadas pelo método vibro-substituição, em que foram executados furos no solo, como tratando-se de uma fundação de estacaria, mas ao invés cheios de pedra, formando assim colunas resistentes. A partir destas desenvolve-se a restante estrutura em betão armado, em pórticos de 9m de altura.
Para apoiar a clarabóia e o seu sistema de grelhas, foi moldado in situ um anel de concreto, no qual a clarabóia de 46 arcos tubulares de aço se apoia.
Os arcos são constituídos por vidros cobertos por dois conjuntos de 47 grelhas de alumínio equipadas com painéis solares. As grelhas são movidas através de pistões hidráulicos programados e accionados pela inclinação da radiação solar, de modo a que cada conjunto se mova em uníssono e aproveite o máximo de radiação solar tanto para o interior do edifício como para a produção de Energia limpa. O sistema possui também a programação da recolha das grelhas tendo em conta a velocidade do vento. Sempre que são atingidas velocidades na ordem dos 17,88m/s as grelhas são recolhidas.
O edifício em betão armado é genericamente revestido em alumínio e vidro. A própria galeria exterior, em forma de arco é composta por 84 “folhas” de alumínio, em forma de arco, com 12m de altura. Além de proporcionar uma galeria ao ar livre para convívio de alunos e professores, esta estrutura, também fornece sombra às janelas do edifício, reduzindo a carga solar em mais de 30%.
Um outro desafio deste edifício extenso e de forma exótica, prendeu-se com a sua Segurança contra Incêndio. O espaço abobadado no centro do edifício é muito grande e extenso para um sistema típico de extinção de incêndios. Para tal foram efectuados simulacros mostrando que a altura de dois pisos na maior parte das zonas de circulação, leva a que o fumo permaneça elevado durante mais tempo, permitindo a evacuação de todos os utilizadores. O tempo do fumo descer é muito maior do que num edifício corrente, tendo-se verificado condições de segurança adequadas.
A construção deste belo edifício começou em 2012 e até ao momento não apresenta nenhuma derrapagem no orçamento inicial de 73,5 milhões de euros.
Prevê-se que esteja concluído este Verão, com abertura aos alunos já no próximo ano lectivo. Um edifício que será modelo para os restantes que constituirão o Complexo Universitário.
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Artigo escrito por decoreng.engenharia, site parceiro do Engenharia e Construção desde Janeiro de 2014.
Com uma área de aproximadamente 18.500m2 distribuídos em dois pisos, o edifício de Inovação, Ciência e Tecnologia da Construção, servirá para suprir as necessidades primárias da Universidade até à criação dos restantes edifícios.
Com vários espaços abertos e de convívio, o edifício alberga salas de aulas, laboratórios, salas de professores, espaços de reuniões e zonas de convívio, incluindo o bar.
Vista panorâmica, em fase de construção (foto retirada de http://amgagg.com/)
Para apoiar a clarabóia e o seu sistema de grelhas, foi moldado in situ um anel de concreto, no qual a clarabóia de 46 arcos tubulares de aço se apoia.
Os arcos são constituídos por vidros cobertos por dois conjuntos de 47 grelhas de alumínio equipadas com painéis solares. As grelhas são movidas através de pistões hidráulicos programados e accionados pela inclinação da radiação solar, de modo a que cada conjunto se mova em uníssono e aproveite o máximo de radiação solar tanto para o interior do edifício como para a produção de Energia limpa. O sistema possui também a programação da recolha das grelhas tendo em conta a velocidade do vento. Sempre que são atingidas velocidades na ordem dos 17,88m/s as grelhas são recolhidas.
Pormenor da galeria, em fase de construção (foto retirada de http://amgagg.com/)
Um outro desafio deste edifício extenso e de forma exótica, prendeu-se com a sua Segurança contra Incêndio. O espaço abobadado no centro do edifício é muito grande e extenso para um sistema típico de extinção de incêndios. Para tal foram efectuados simulacros mostrando que a altura de dois pisos na maior parte das zonas de circulação, leva a que o fumo permaneça elevado durante mais tempo, permitindo a evacuação de todos os utilizadores. O tempo do fumo descer é muito maior do que num edifício corrente, tendo-se verificado condições de segurança adequadas.
Vista longitudinal da construção (foto retirada de http://amgagg.com/)
Prevê-se que esteja concluído este Verão, com abertura aos alunos já no próximo ano lectivo. Um edifício que será modelo para os restantes que constituirão o Complexo Universitário.
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Artigo escrito por decoreng.engenharia, site parceiro do Engenharia e Construção desde Janeiro de 2014.
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