terça-feira, 17 de junho de 2014

Tempo médio de venda de imóveis regressa para os 14 meses

O mercado imobiliário nacional registou um ligeiro ajustamento em baixa, embora continue a situar-se em terreno positivo, de acordo com o IMI – Imovirtual Market Index. Este barómetro mensal, elaborado em parceria com a REVConsultants, revela que o tempo de venda do produto residencial aumentou para perto de 14 meses, quando registava 13 meses no mês anterior (abril).

O estudo, que ausculta profissionais de mediação imobiliária, consultores imobiliários, empresas de gestão e administração de imóveis, entre outros, desvenda, de igual forma, que o tempo de absorção dos imóveis de arrendamento ronda agora os 5 meses, denotando-se um ligeiro aumento neste segmento de mercado (em abril situava-se nos 4 meses e meio).

Este comportamento pode ser considerado como reflexo de um conjunto de indicadores, dos quais se destacam, uma aparente deterioração do número de potenciais visitas, negócios concretizados e do próprio dinamismo da atividade. Por outro lado, no curto prazo, registou-se uma ligeira erosão das expectativas de desenvolvimento da atividade, sobretudo por via de uma crescente incerteza em relação ao ambiente macroeconómico.

No mês de Maio, o IMI – Imovirtual Market Index, revelou os seguintes dados do inquérito efetuado:
  • Apesar de 41% dos inquiridos ter mencionado um aumento das visitas realizadas por potenciais interessados (resultado inferior ao do mês anterior), 19% referiu ter sentido uma contração do número de potenciais interessados, sendo que este indicador atingiu o valor máximo dos últimos 4 meses;
  • 43% dos participantes no inquérito observaram um aumento de novo produto em carteira, mantendo, desta forma, o movimento observado nos últimos meses;
  • Não obstante 44,5% dos inquiridos ter referido a manutenção do nível dos negócios concretizados, cerca de 27% mencionou uma diminuição dos mesmos, facto que revela uma ligeira deterioração desta variável face ao observado no primeiro quadrimestre de 2014;
  • 45% dos profissionais inquiridos mencionou que, no mês em análise, observou um comportamento estável no desenvolvimento da sua atividade, o que contrastou com o facto de 22% terem mencionado um menor dinamismo do mercado enquanto um todo (sendo o peso relativo destas respostas superior ao apurado para os 4 primeiros meses do ano).
  • No que concerne a expectativas futuras de curto prazo ao nível dos preços de mercado, 67% dos participantes do inquérito acredita na sua manutenção e 23% antecipam mesmo, um potencial aumento dos valores de divulgação e transação praticados.
Em relação ao dinamismo da atividade, as expectativas de 55% dos profissionais inquiridos é de uma melhoria da mesma, sendo de realçar a este nível que, apenas 8% não partilha do optimismo que se começa, cada vez mais, a respirar no sector.
O mercado imobiliário é influenciado por diferentes estímulos, sendo que no mês de maio, os profissionais do sector destacaram como os mais limitativos, os associados ao ambiente socioeconómico, nomeadamente:
  • A restritividade bancária, que registou uma representatividade de 51% das respostas obtidas, valor bastante expressivo, mas no entanto inferior ao registado em meses transactos, não sendo alheia a progressiva movimentação e abertura da banca ao crédito hipotecário;
  • A instabilidade no mercado de trabalho, com uma incidência de cerca de 52% das opiniões expressas pelos inquiridos. Refira-se que para os próximos dois anos, de acordo com as estimativas da Comissão Europeia, a taxa de desemprego nacional apresenta-se com uma ligeira redução, no entanto ainda com dois dígitos.
  • A diminuição do poder de compra, de acordo com 45% das respostas dos profissionais que participam no inquérito, em muito derivada da instabilidade do mercado de trabalho e das apertadas restrições orçamentais que incidem no rendimento disponível das famílias.










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