Ordem dos Engenheiros Região Norte considera inaceitável atuação da ACT na barragem do Tua
Fernando de Almeida Santos garantiu que a Ordem tem tido o cuidado de visitar as poucas obras de alguma dimensão que estão a ser feitas em Portugal, e que a de Foz Tua "tem exemplos de segurança únicos na Europa". O presidente da região Norte da Ordem dos Engenheiros insurgiu-se hoje contra a atuação da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) na barragem do Tua, defendendo que a obra é exemplar ao nível da segurança na construção.
A posição de Fernando de Almeida Santos surge na sequência da ação inspetiva realizada, na terça-feira, pela ACT em Foz Tua, com a participação do diretor-geral Pedro Pimenta Braz, que deu conta de que foram feitas 30 notificações e levantados vários autos por falhas de segurança e outras irregularidades detetadas nos estaleiro.
"Fico absolutamente apreensivo com este ato de publicidade feito pelo nosso inspetor-geral do Trabalho, não é mais do que um ato de publicidade e de autopromoção nas televisões todas", declarou à Lusa o dirigente regional da Ordem dos Engenheiros (OE), que classificou a atuação da ACT de "inaceitável.
Fernando de Almeida Santos garantiu que a Ordem tem tido o cuidado de visitar as poucas obras de alguma dimensão que estão a ser feitas em Portugal, e que a de Foz Tua "tem exemplos de segurança únicos na Europa".
"Todas as vinte e tal anomalias que foram detetadas, são anomalias menores e foram corrigidas no momento", defendeu, alegando que as falhas não têm comparação "com aquilo que de bom está em obra".
O representante dos engenheiros indicou que "cerca de três por cento do valor do custo da obra é gasto em segurança na construção" nesta barragem em que a EDP está a investir mais de 300 milhões de euros.
Fernando de Almeida Santos questionou as "habilitações técnicas" dos inspetores de trabalho para inspecionarem atividades de engenharia, argumentando que "um inspetor tanto entra a verificar uma obra como uma unidade industrial, um comércio ou uma instalação hospitalar".
A OE acusou ainda a ACT e a tutela governamental de "não terem a coragem política e técnica de rever um regulamento de segurança na construção, que está mais do que obsoleto, esta em vigor desde 1958".
Fernando de Almeida Santos exortou ainda a ACT a "forçar a saída da lei", aguardada há uma década, sobre a classificação dos coordenadores de segurança.
Portugal é o único país da Europa que não tem essa qualificação definida, segundo disse.
Para o presidente da zona Norte da OE "situações de autopromoção são desnecessárias" e lamenta que a ACT não "releve pela positiva o muito esforço, o muito que tem sido feito a bem pelos agentes, pela engenharia na segurança" daquela obra.
A construção da barragem de Foz Tua, em Trás-os-Montes, registou quatro acidentes com quatro mortos e oito feridos, em três anos de obra com conclusão está prevista para 2016.
O inspetor-geral da ACT, Pedro Pimenta Braz, adiantou, na terça-feira, que estas ações inspetivas são para continuar, numa altura em decorre o pico da obra, com cerca de 600 trabalhadores, e os riscos aumentam, nomeadamente o perigo de queda em altura com a construção do paredão.
A posição de Fernando de Almeida Santos surge na sequência da ação inspetiva realizada, na terça-feira, pela ACT em Foz Tua, com a participação do diretor-geral Pedro Pimenta Braz, que deu conta de que foram feitas 30 notificações e levantados vários autos por falhas de segurança e outras irregularidades detetadas nos estaleiro.
"Fico absolutamente apreensivo com este ato de publicidade feito pelo nosso inspetor-geral do Trabalho, não é mais do que um ato de publicidade e de autopromoção nas televisões todas", declarou à Lusa o dirigente regional da Ordem dos Engenheiros (OE), que classificou a atuação da ACT de "inaceitável.
Fernando de Almeida Santos garantiu que a Ordem tem tido o cuidado de visitar as poucas obras de alguma dimensão que estão a ser feitas em Portugal, e que a de Foz Tua "tem exemplos de segurança únicos na Europa".
"Todas as vinte e tal anomalias que foram detetadas, são anomalias menores e foram corrigidas no momento", defendeu, alegando que as falhas não têm comparação "com aquilo que de bom está em obra".
O representante dos engenheiros indicou que "cerca de três por cento do valor do custo da obra é gasto em segurança na construção" nesta barragem em que a EDP está a investir mais de 300 milhões de euros.
Fernando de Almeida Santos questionou as "habilitações técnicas" dos inspetores de trabalho para inspecionarem atividades de engenharia, argumentando que "um inspetor tanto entra a verificar uma obra como uma unidade industrial, um comércio ou uma instalação hospitalar".
A OE acusou ainda a ACT e a tutela governamental de "não terem a coragem política e técnica de rever um regulamento de segurança na construção, que está mais do que obsoleto, esta em vigor desde 1958".
Fernando de Almeida Santos exortou ainda a ACT a "forçar a saída da lei", aguardada há uma década, sobre a classificação dos coordenadores de segurança.
Portugal é o único país da Europa que não tem essa qualificação definida, segundo disse.
Para o presidente da zona Norte da OE "situações de autopromoção são desnecessárias" e lamenta que a ACT não "releve pela positiva o muito esforço, o muito que tem sido feito a bem pelos agentes, pela engenharia na segurança" daquela obra.
A construção da barragem de Foz Tua, em Trás-os-Montes, registou quatro acidentes com quatro mortos e oito feridos, em três anos de obra com conclusão está prevista para 2016.
O inspetor-geral da ACT, Pedro Pimenta Braz, adiantou, na terça-feira, que estas ações inspetivas são para continuar, numa altura em decorre o pico da obra, com cerca de 600 trabalhadores, e os riscos aumentam, nomeadamente o perigo de queda em altura com a construção do paredão.
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