quinta-feira, 23 de abril de 2015

Mercado imobiliário português apresenta ligeira retração

O Imovirtual Market Index (IMI) apresentou no mês de março uma ligeira retração face aos dois primeiros meses do ano. Embora a curva de mercado seja positiva, demonstra uma tendência descrescente, resultado de um menor dinamismo em termos de potenciais visitas e da manutenção da atividade, bem como das suas expectativas de desenvolvimento. Um otimismo decrescente em termos de concretização de negócios é outro do fatores referidos.

Ainda assim, de acordo com este barómetro mensal que ausculta profissionais de mediação imobiliária, consultores imobiliários, empresas de gestão e administração de imóveis e promotores e investidores imobiliários, num total de 149 entidades, o tempo médio de colocação de imóveis residenciais para venda apresentou uma morosidade de 10,4 meses e o tempo médio de absorção para arrendamento rondou os 3,3 meses (registando ambos os indicadores os melhores valores desde o início do ano).

No mês de março, o IMI – Imovirtual Market Index, revelou os seguintes dados do inquérito efetuado:
  • 39% dos inquiridos menciona registar um aumento de visitas realizadas por potenciais interessados (de realçar que essa representatividade é inferior a janeiro e fevereiro);
  • 42% dos participantes no inquérito observaram um aumento de novo produto em carteira, valor inferior aos dois meses transatos;
  • 44% dos inquiridos refere a manutenção dos negócios concretizados, não obstante, cerca de 26% menciona que registou uma diminuição dos mesmos e 30% refere um aumento (números superiores aos dois meses anteriores);
  • 54% dos inquiridos, menciona que, no mês em análise, observou um comportamento estável no desenvolvimento da sua atividade, contrastando com 14% que menciona uma decréscimo da mesma.
De entre os principais obstáculos que intervêm no funcionamento do mercado, destacam-se com um pendor negativo:
  • A instabilidade no mercado de trabalho, com uma incidência de cerca de 47%. Refira-se que, de acordo com as estimativas da Comissão Europeia para os próximos dois anos, a taxa de desemprego em Portugal apresentará uma ligeira redução, mantendo, no entanto, os dois dígitos;
  • A restritividade bancária, referida por 40% dos inquiridos, valor inferior ao registado em meses transatos. Ainda assim, nota-se uma progressiva movimentação e abertura da banca ao crédito hipotecário;
  • Desadequação do produto imobiliário existente em relação à procura (com uma representatividade de 38%).

Relativamente ao dinamismo da atividade, as expectativas de 62% dos inquiridos é de uma melhoria da mesma, sendo de realçar a este nível que 4% acredita na deterioração das condições em que o mercado imobiliário opera, pessimismo que se realçou no mês em análise.










1 Comentário:

Rui disse...

a ideia que tenho é que como o preço da mão de obra em Portugal é muito barato comparativamente à de outros países pelo que a construção tradicional fica aproximadamente ao mesmo preço da construção modular. A longo prazo penso que ter uma casa com estrutura de betão será sempre um melhor investimento do que uma construção modular.

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