APREN e ZERO reclamam uma mais forte expansão das renováveis para 2018
A APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis e a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável fazem um balanço do setor em 2017 e apelam à aposta consistente nas energias endógenas e renováveis como forma de aumentar a autonomia energética do país, em linha com os objetivos de descarbonização do Acordo de Paris, que passam por limitar o aumento da temperatura no planeta a 2,0 ºC.
2017 foi um ano cheio de desafios para o setor eletroprodutor, pois a condição de seca extrema que se fez sentir na grande maioria do ano, veio demonstrar a importância e a necessidade de um mix energético diversificado, no qual as interligações com o exterior e a bombagem hidroelétrica tiveram um papel fundamental de regularização de preços e de segurança de abastecimento.
A produção de eletricidade a partir de fontes renováveis em Portugal Continental representou apenas 44 % do consumo de eletricidade, tendo, porém, acrescentado importantes ganhos para a economia do setor, dos quais sobressaem:
- A redução do preço médio da eletricidade transacionada no mercado grossista da ordem dos 18,3 €/MWh, o que representa um benefício para o consumidor em 2017 de 727 M€[1];
- Poupanças na importação de 770 M€ de combustíveis fósseis, e consequentemente aumento da autossuficiência energética;
- O evitar da emissão de 8,5 milhões de toneladas de CO2, 82,5 mil toneladas de CH4 e 8,25 toneladas de N2O, entre outros componentes gasosos.
A eólica foi a tecnologia renovável que gerou mais eletricidade - 11,9 TWh, seguida da eletricidade de origem hídrica (7,3 TWh), da bioenergia (2,8 TWh) e da solar fotovoltaica (0,8 TWh).
António Sá da Costa, Presidente da APREN, afirma que: “Os benefícios das renováveis superaram largamente, mais uma vez, os seus custos colocando-as como a solução mais custo-eficaz para o sistema elétrico nacional. Contudo, em 2017, os acréscimos de nova potência foram residuais, especialmente no caso da solar, que só cresceu 3%”.
“Assinalo o ano histórico da bombagem hidroelétrica resultante da plena exploração dos novos aproveitamentos de V. Nova III e de Foz Tua, o que permitiu nivelar preços de mercado e evitar situações de eventual rutura de abastecimento”, conclui António Sá da Costa.
Por seu lado, Francisco Ferreira, Presidente da ZERO, considera que: “Portugal tem de investir muito mais na eficiência energética e nas energias renováveis para ser neutro em carbono em 2050 e esse investimento tem de ser fortemente acelerado. O aproveitamento da energia solar é crucial e é preciso informar, simplificar e ultrapassar os obstáculos que impedem termos muito mais edifícios com telhados preenchidos com painéis fotovoltaicos ou no caso de grandes parques solares dando preferência a áreas sem outra utilização significativa”.
“É fundamental assegurar que os investimentos sejam feitos de forma sustentável do ponto de vista ambiental, não explorando a biomassa com qualidade para outras utilizações industriais mais relevantes no contexto da economia circular ou destruindo floresta importante na retenção do carbono”, reforça Francisco Ferreira.
2017 foi um ano cheio de desafios para o setor eletroprodutor, pois a condição de seca extrema que se fez sentir na grande maioria do ano, veio demonstrar a importância e a necessidade de um mix energético diversificado, no qual as interligações com o exterior e a bombagem hidroelétrica tiveram um papel fundamental de regularização de preços e de segurança de abastecimento.
A produção de eletricidade a partir de fontes renováveis em Portugal Continental representou apenas 44 % do consumo de eletricidade, tendo, porém, acrescentado importantes ganhos para a economia do setor, dos quais sobressaem:
- A redução do preço médio da eletricidade transacionada no mercado grossista da ordem dos 18,3 €/MWh, o que representa um benefício para o consumidor em 2017 de 727 M€[1];
- Poupanças na importação de 770 M€ de combustíveis fósseis, e consequentemente aumento da autossuficiência energética;
- O evitar da emissão de 8,5 milhões de toneladas de CO2, 82,5 mil toneladas de CH4 e 8,25 toneladas de N2O, entre outros componentes gasosos.
A eólica foi a tecnologia renovável que gerou mais eletricidade - 11,9 TWh, seguida da eletricidade de origem hídrica (7,3 TWh), da bioenergia (2,8 TWh) e da solar fotovoltaica (0,8 TWh).
António Sá da Costa, Presidente da APREN, afirma que: “Os benefícios das renováveis superaram largamente, mais uma vez, os seus custos colocando-as como a solução mais custo-eficaz para o sistema elétrico nacional. Contudo, em 2017, os acréscimos de nova potência foram residuais, especialmente no caso da solar, que só cresceu 3%”.
“Assinalo o ano histórico da bombagem hidroelétrica resultante da plena exploração dos novos aproveitamentos de V. Nova III e de Foz Tua, o que permitiu nivelar preços de mercado e evitar situações de eventual rutura de abastecimento”, conclui António Sá da Costa.
Por seu lado, Francisco Ferreira, Presidente da ZERO, considera que: “Portugal tem de investir muito mais na eficiência energética e nas energias renováveis para ser neutro em carbono em 2050 e esse investimento tem de ser fortemente acelerado. O aproveitamento da energia solar é crucial e é preciso informar, simplificar e ultrapassar os obstáculos que impedem termos muito mais edifícios com telhados preenchidos com painéis fotovoltaicos ou no caso de grandes parques solares dando preferência a áreas sem outra utilização significativa”.
“É fundamental assegurar que os investimentos sejam feitos de forma sustentável do ponto de vista ambiental, não explorando a biomassa com qualidade para outras utilizações industriais mais relevantes no contexto da economia circular ou destruindo floresta importante na retenção do carbono”, reforça Francisco Ferreira.
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