Mercado imobiliário nacional continuou com evolução positiva nos primeiros meses do ano
O mercado imobiliário nacional continuou a evidenciar uma evolução positiva nos primeiros meses do ano, com a atividade de ocupação e de investimento a registar um desempenho em linha com o esperado, de acordo com a análise trimestral da Cushman & Wakefield.
Não obstante, a economia portuguesa começou 2019 com alguns sinais de abrandamento, fator que não pode ser ignorado e que deverá refletir-se ao longo do ano no mercado imobiliário. As estimativas da Cushman & Wakefield apontam para algum abrandamento do crescimento em termos de atividade, que deverá manifestar-se de forma ligeira na dinâmica da procura e de modo mais acentuado no que se refere aos valores de mercado.
De acordo com Marta Esteves Costa, Partner e Head of Reserach da Cushman & Wakefield, “Não esperamos uma inversão do ciclo de forte crescimento que temos vindo a registar desde 2014, mas estamos convictos de que o abrandamento no crescimento económico vai ter o seu impacto no setor imobiliário. Salientamos que as nossas expetativas não são de queda, apenas de abrandamento no crescimento.”
Escritórios: baixos níveis de desocupação pressionam subida das rendas prime
No mercado de escritórios foram transacionados cerca de 42.000 m² de área num total de 43 negócios entre janeiro e março deste ano, um valor que se mantém em linha com o período homólogo e que dá continuidade aos níveis de procura particularmente ativos registados ao longo de 2018.
A Zona 5 (Parque das Nações) concentrou 47% deste volume, tendo sido também nesta zona que se verificou o maior negócio do trimestre, a compra (em forward funding) da nova sede da AGEAS com 17.400 m². Seguem-se a Zona 2 (Central Business District) e Zona 3 (Nova Zona de Escritórios) com 22% e 16% de área transacionada, respetivamente.
A taxa de desocupação manteve a tendência de descida, atingindo os 5,3%, com apenas 250.000 m² de oferta disponível em toda a Grande Lisboa. Considerando apenas os espaços de qualidade superior, o valor da oferta disponível desce para menos de metade deste valor. A forte limitação de espaços de escritórios de qualidade e dimensão, principalmente na zona central de Lisboa, tem vindo a incentivar os negócios de pré-arrendamento e a construção especulativa de novos projetos, levando à subida das rendas prime em todas as zonas do mercado, com exceção da Zona 1 que se manteve nos 21€/m²/mês.
Retalho: comércio de rua representa 74% do número de negócios registados
A atividade no setor de retalho durante os primeiros três meses do ano é igualmente assinalável, com o índice de volume de negócios a atingir os 118 pontos em março, um crescimento homólogo de 5,4%. Entre janeiro e março foram registados pela Cushman & Wakefield mais de 180 negócios de ocupação num total de 35.000 m², com o comércio de rua a representar 74% da procura em número de negócios, mas apenas 33% em termos de área.
Os centros comerciais agregam 16% da área ocupada, resultado da escassez de espaço disponível nos principais centros. O setor dos Restaurantes & Cafés terá sido o maior impulsionador desta procura com 50% da área transacionada, seguido pelo Lazer & Cultura com 15%.
Industrial & Logística: limitação de espaços condiciona atividade
O setor Industrial & Logístico deverá revelar em 2019 uma dinâmica mais forte que em 2018, desde que garantida a necessidade de espaço dos vários operadores que o procuram de forma ativa. Apesar da ocupação restringida a 7.000 m² até março, o ano de 2019 deverá refletir os efeitos de um mercado impulsionado pela expansão dos retalhistas alimentares e pela crescente procura de espaços de logística urbana em resposta ao crescimento expetável do e-commerce.
Investimento: setor de retalho concentra metade do volume transacionado
Após um ano recorde em 2018, com €3.000 milhões transacionados, entre janeiro e abril de 2019 regista-se já um volume de investimento imobiliário que se aproxima dos €700 milhões. O setor de retalho foi o mais dinâmico, tendo contabilizado dez negócios e cerca de €350 milhões transacionados, equivalente a quase 50% do total investido. O maior negócio do ano até à data foi a venda do Leiriashopping por parte da Sonae a um fundo gerido pelos alemães da REEF, por um valor de €128 milhões.
O mercado de escritórios concentrou 39% do total de investimento, com €266 milhões transacionados e que incluem a venda do portfólio do Art's Business Centre e Torre Fernão Magalhães à Merlin Properties por €112,5 milhões. Os setores industrial e hoteleiro acomodaram, em conjunto, 10% do volume de investimento. Adicionalmente, foi também registado um negócio de forward purchase de duas residências de estudantes em Lisboa e Porto, concretizado pela Xior e que envolveu €28 milhões.
Não obstante, a economia portuguesa começou 2019 com alguns sinais de abrandamento, fator que não pode ser ignorado e que deverá refletir-se ao longo do ano no mercado imobiliário. As estimativas da Cushman & Wakefield apontam para algum abrandamento do crescimento em termos de atividade, que deverá manifestar-se de forma ligeira na dinâmica da procura e de modo mais acentuado no que se refere aos valores de mercado.
De acordo com Marta Esteves Costa, Partner e Head of Reserach da Cushman & Wakefield, “Não esperamos uma inversão do ciclo de forte crescimento que temos vindo a registar desde 2014, mas estamos convictos de que o abrandamento no crescimento económico vai ter o seu impacto no setor imobiliário. Salientamos que as nossas expetativas não são de queda, apenas de abrandamento no crescimento.”
Escritórios: baixos níveis de desocupação pressionam subida das rendas prime
No mercado de escritórios foram transacionados cerca de 42.000 m² de área num total de 43 negócios entre janeiro e março deste ano, um valor que se mantém em linha com o período homólogo e que dá continuidade aos níveis de procura particularmente ativos registados ao longo de 2018.
A Zona 5 (Parque das Nações) concentrou 47% deste volume, tendo sido também nesta zona que se verificou o maior negócio do trimestre, a compra (em forward funding) da nova sede da AGEAS com 17.400 m². Seguem-se a Zona 2 (Central Business District) e Zona 3 (Nova Zona de Escritórios) com 22% e 16% de área transacionada, respetivamente.
A taxa de desocupação manteve a tendência de descida, atingindo os 5,3%, com apenas 250.000 m² de oferta disponível em toda a Grande Lisboa. Considerando apenas os espaços de qualidade superior, o valor da oferta disponível desce para menos de metade deste valor. A forte limitação de espaços de escritórios de qualidade e dimensão, principalmente na zona central de Lisboa, tem vindo a incentivar os negócios de pré-arrendamento e a construção especulativa de novos projetos, levando à subida das rendas prime em todas as zonas do mercado, com exceção da Zona 1 que se manteve nos 21€/m²/mês.
Retalho: comércio de rua representa 74% do número de negócios registados
A atividade no setor de retalho durante os primeiros três meses do ano é igualmente assinalável, com o índice de volume de negócios a atingir os 118 pontos em março, um crescimento homólogo de 5,4%. Entre janeiro e março foram registados pela Cushman & Wakefield mais de 180 negócios de ocupação num total de 35.000 m², com o comércio de rua a representar 74% da procura em número de negócios, mas apenas 33% em termos de área.
Os centros comerciais agregam 16% da área ocupada, resultado da escassez de espaço disponível nos principais centros. O setor dos Restaurantes & Cafés terá sido o maior impulsionador desta procura com 50% da área transacionada, seguido pelo Lazer & Cultura com 15%.
Industrial & Logística: limitação de espaços condiciona atividade
O setor Industrial & Logístico deverá revelar em 2019 uma dinâmica mais forte que em 2018, desde que garantida a necessidade de espaço dos vários operadores que o procuram de forma ativa. Apesar da ocupação restringida a 7.000 m² até março, o ano de 2019 deverá refletir os efeitos de um mercado impulsionado pela expansão dos retalhistas alimentares e pela crescente procura de espaços de logística urbana em resposta ao crescimento expetável do e-commerce.
Investimento: setor de retalho concentra metade do volume transacionado
Após um ano recorde em 2018, com €3.000 milhões transacionados, entre janeiro e abril de 2019 regista-se já um volume de investimento imobiliário que se aproxima dos €700 milhões. O setor de retalho foi o mais dinâmico, tendo contabilizado dez negócios e cerca de €350 milhões transacionados, equivalente a quase 50% do total investido. O maior negócio do ano até à data foi a venda do Leiriashopping por parte da Sonae a um fundo gerido pelos alemães da REEF, por um valor de €128 milhões.
O mercado de escritórios concentrou 39% do total de investimento, com €266 milhões transacionados e que incluem a venda do portfólio do Art's Business Centre e Torre Fernão Magalhães à Merlin Properties por €112,5 milhões. Os setores industrial e hoteleiro acomodaram, em conjunto, 10% do volume de investimento. Adicionalmente, foi também registado um negócio de forward purchase de duas residências de estudantes em Lisboa e Porto, concretizado pela Xior e que envolveu €28 milhões.
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