Quantas vidas vale a sua empresa?
Quantas vidas vale a sua empresa? é o título de uma carta aberta que Eugénio Santos, dono e CEO da Colunex, publicou no Jornal de Negócios e da qual recomendamos a sua leitura. O líder da Colunex, que emprega 140 pessoas, deixa nesta carta uma mensagem forte: “os empresários e as empresas têm de ter uma atitude urgente e que ponha a sobrevivência das pessoas à frente das questões materiais". De seguida deixamos algumas passagens desta carta que deve ler na íntegra no artigo do Jornal de Negócios.
"O momento atual é extremamente sério. Não é preciso ser muito inteligente para perceber o que se passa e o que nos espera em termos de mortalidade e destruição de valor. (...) A verdade é que, o crescimento exponencial desta pandemia é muito por força de uma perfeita irresponsabilidade coletiva. (...) Felizmente, estão a existir alguns governantes e autarcas, institutos e serviços públicos, que sabem desempenhar a sua função, dirigindo e agindo rápida e assertivamente, sem medo e com determinação. Esses são os que estão a fazer a diferença! Quem são uns, quem são outros? Qualquer português o consegue perceber. (...)
Este não é um momento para que os empresários e as empresas coloquem, como prioridade principal, as quebras de produtividade, as quebras de rentabilidade, as perdas de eficiência, as perdas competitividade ou mesmo, no extremo, a sobrevivência empresarial! É um momento para pensar na sobrevivência das pessoas. Depois… ser líder e liderar é ter a capacidade de parar, refletir e reorganizarmo-nos para tratarmos do que é material.
Felizmente, muitos empresários e empresas já assumiram o seu papel e agiram. Uns micro, uns pequenos, uns médios, uns grandes e mesmo uns gigantes, cada um ao seu nível percebeu o quão importante é o valor humano. Infelizmente, ainda milhares de empresários e empresas continuam a laborar - umas produtivas, outras comerciais -, colocando em risco os seus colaboradores, as famílias e, enfim, a sociedade como um todo. Não falo, claro, de todas aquelas empresas e instituições que continuam a laborar porque são fundamentais para garantir os serviços imprescindíveis de abastecimento alimentar, de equipamentos, segurança e saúde. (...)
Para as empresas e empresários que, infelizmente, não têm capacidade ética para, genuinamente, perceber isto e agirem conforme deveriam, por favor, sejam novamente egoístas e, quanto mais não seja, pensem que, no futuro, vão precisar das pessoas que convosco trabalham e de uma sociedade capaz e saudável. (...)
Caso insistam em permanecer egoisticamente no ato de colocarem em risco as vossas pessoas, lamento! Sinceramente, lamento e espero que tenham equipas capazes de vos mostrar o que significa a dignidade humana e abandonem eles mesmos os respetivos postos de trabalho. (...)
É nestas alturas que sermos pessoas, empresários e empresas com valores éticos, marca a diferença. (...)
Os próximos tempos vão ser muito duros. Duros em termos de perdas de vidas humanas, duros pelas pessoas que vierem a ficar com problemas de saúde para o resto da vida, duros pelos tempos dramáticos que as economias vão viver.
Para as empresas e para as pessoas, financeiramente vai ser complicado? Claro que sim! Vai ser mau, muito mau, mas tenho a certeza de que com arte, engenho, empenho de todos e seriedade das lideranças, teremos enquanto sociedade capacidade para sobreviver e sairmos mais maduros e preparados para voltarmos a vencer.
Nos últimos dias, a prioridade foi que cada um dos nossos colaboradores estivesse em casa resguardado o mais depressa possível. (...)
Os meus parabéns a todos as empresas, instituições e pessoas que têm agido com firmeza e sem medo, colocando o interesse coletivo à frente do bem-estar material.
Para todos os outros, por favor, parem e perguntem a vocês mesmos: Quantas vidas vale a sua empresa?"
Para finalizar recomendamos mais uma vez a leitura na íntegra desta carta publicada no Jornal de Negócios.
"O momento atual é extremamente sério. Não é preciso ser muito inteligente para perceber o que se passa e o que nos espera em termos de mortalidade e destruição de valor. (...) A verdade é que, o crescimento exponencial desta pandemia é muito por força de uma perfeita irresponsabilidade coletiva. (...) Felizmente, estão a existir alguns governantes e autarcas, institutos e serviços públicos, que sabem desempenhar a sua função, dirigindo e agindo rápida e assertivamente, sem medo e com determinação. Esses são os que estão a fazer a diferença! Quem são uns, quem são outros? Qualquer português o consegue perceber. (...)
Este não é um momento para que os empresários e as empresas coloquem, como prioridade principal, as quebras de produtividade, as quebras de rentabilidade, as perdas de eficiência, as perdas competitividade ou mesmo, no extremo, a sobrevivência empresarial! É um momento para pensar na sobrevivência das pessoas. Depois… ser líder e liderar é ter a capacidade de parar, refletir e reorganizarmo-nos para tratarmos do que é material.
Felizmente, muitos empresários e empresas já assumiram o seu papel e agiram. Uns micro, uns pequenos, uns médios, uns grandes e mesmo uns gigantes, cada um ao seu nível percebeu o quão importante é o valor humano. Infelizmente, ainda milhares de empresários e empresas continuam a laborar - umas produtivas, outras comerciais -, colocando em risco os seus colaboradores, as famílias e, enfim, a sociedade como um todo. Não falo, claro, de todas aquelas empresas e instituições que continuam a laborar porque são fundamentais para garantir os serviços imprescindíveis de abastecimento alimentar, de equipamentos, segurança e saúde. (...)
Para as empresas e empresários que, infelizmente, não têm capacidade ética para, genuinamente, perceber isto e agirem conforme deveriam, por favor, sejam novamente egoístas e, quanto mais não seja, pensem que, no futuro, vão precisar das pessoas que convosco trabalham e de uma sociedade capaz e saudável. (...)
Caso insistam em permanecer egoisticamente no ato de colocarem em risco as vossas pessoas, lamento! Sinceramente, lamento e espero que tenham equipas capazes de vos mostrar o que significa a dignidade humana e abandonem eles mesmos os respetivos postos de trabalho. (...)
É nestas alturas que sermos pessoas, empresários e empresas com valores éticos, marca a diferença. (...)
Os próximos tempos vão ser muito duros. Duros em termos de perdas de vidas humanas, duros pelas pessoas que vierem a ficar com problemas de saúde para o resto da vida, duros pelos tempos dramáticos que as economias vão viver.
Para as empresas e para as pessoas, financeiramente vai ser complicado? Claro que sim! Vai ser mau, muito mau, mas tenho a certeza de que com arte, engenho, empenho de todos e seriedade das lideranças, teremos enquanto sociedade capacidade para sobreviver e sairmos mais maduros e preparados para voltarmos a vencer.
Nos últimos dias, a prioridade foi que cada um dos nossos colaboradores estivesse em casa resguardado o mais depressa possível. (...)
Os meus parabéns a todos as empresas, instituições e pessoas que têm agido com firmeza e sem medo, colocando o interesse coletivo à frente do bem-estar material.
Para todos os outros, por favor, parem e perguntem a vocês mesmos: Quantas vidas vale a sua empresa?"
Para finalizar recomendamos mais uma vez a leitura na íntegra desta carta publicada no Jornal de Negócios.
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